terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Cripta à Mariana Barreto será inaugurada nesta terça-feira

Operários dando os últimos retoques na cripta

A cripta contendo os restos mortais da heroína Mariana Barreto, falecida em 22 de dezembro de 1795, líder, juntamente com sua mãe, Benta Pereira, das Quatro Jornadas contra o poderio dos Assecas será inaugurada nesta terça-feira (11/01), às 19 horas, no início da novena em homenagem a São Sebastião, com a presença de religiosos ligadas à paróquia.

Com a conclusão dos trabalhos de construção do mausoléu e com a cerimônia, realizada nesta quarta-feira de sepultamento das relíquias, falta somente a inauguração do patrimônio para encerrar a novela do desaparecimento dos despojos da heróina, a partir de uma denúncia do jornalista Humberto Rangel, publicada no jornal Folha da Manhã.


CERIMÔNIA

O ato religioso, denominado de exéquias, será presidido pelo Padre Elênio Barros de Abreu e contará com a presença do secretário Municipal de Cultura, professor Orávio de Campos Soares, para quem “a cidade rende, 216 anos depois, as merecidas homenagens à heroína Mariana Barreto, a única a ser condenada pelas lutas contra os Assecas.

Na lápide consta os seguintes dizeres: “Relíquias recuperadas pela municipalidade quando se fazem justas as homenagens póstumas a uma das mais expressivas personalidades da história do município. À Mariana e à sua mãe, Benta Pereira, o reconhecimento das novas gerações. As lutas contra a tirania dos Assecas alicerçam o que possuímos hoje em termos de democracia e comprometimento com o futuro”.

Como se sabe, a denúncia fazia menção ao fato de Mariana ter sido sepultada sob o solo de uma lanchonete no distrito de São Sebastião. “Como presidente do Conselho Municipal de Cultura, determinamos a investigação e encontramos, realmente, os despojos enterrados no piso da Sala dos Dízimos, que “um dia funcionou como lanchonete”, declarou o professor.

Foi importante para a recuperação dos despojos, o desejo expresso da prefeita Rosinha Garotinho, mas atuaram, também, de forma a deslindar o mistério, o secretário de Obras e Urbanismo, César Romero Braga, o próprio administrador paroquial, padre Elênio, o museólogo Carlos Freitas e o empresário Rodrigo Ribeiro Gomes, da Conenge Engenharia.

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