terça-feira, 23 de novembro de 2010

Antonio Roberto e Joel Melo são laureados com o Prêmio Alberto Ribeiro Lamego

O Prêmio de Cultura Alberto Ribeiro Lamego saiu para dois intelectuais: Antonio Roberto Fernandes (in-memoriam) e Joel Ferreira Melo, professor do Centro Universitário Fluminense e membro da Academia Campista de Letras, por decisão democrática do Conselho Municipal de Cultura – CONCULTURA -, reunido na última terça-feira, na Biblioteca Nilo Peçanha.

A entrega das comendas ao agraciado e à família de Antonio Roberto, será realizada no dia 13 de dezembro ´próximo, a partir das 19 horas, no Palácio da Cultura, durante um café literário a ser dirigido pela vice-presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, Maria Helena Gomes. A informação é do presidente do conselho, professor Orávio de Campos Soares.

PRÊMIO ESPECIAL

Pelo atual regulamento, apenas uma personalidade deveria ser premiada, mas o conselho, com sua autonomia, resolveu indicar duas pessoas, uma in-memoriam e outro atuante no plano da cultura municipal. Cerca de 26 nomes foram indicados pelas entidades representativas do Conselho e os dois eleitos tiveram a maioria dos votos em lista tríplice.

Para 2011, também por decisão do CONCULTURA, serão criados premiações específicas para agraciar os destaques anuais nos diferentes campos de atuação cultural, como teatro, música, artes plásticas, cinema/documentário, dança e cultura popular, independentemente do Alberto Ribeiro Lamego, que permanecerá como um prêmio especialíssimo de cultura no municipio.

Para o presidente, professor Orávio de Campos, a retomada do prêmio mais importante da cultura, que homenageia o pesquisador, escritor e geólogo Alberto Ribeiro Lamego, filho do escritor Alberto Frederico de Moraes Lamego, autor de “Terra Goytacá”, é uma demonstração de apreço da municipalidade para com os produtores de conhecimento da cidade.

Festival de Cultura Universitária vai desenvolver potencialidades

O secretário de Cultura, Orávio de Campos Soares (C), durante reunião com representantes de instituições de ensino

A secretaria Municipal de Cultura vai criar, por decisão do prefeito Nelson Nahim, atendendo à indicação do vereador Abdo Neme, o UNIFEST – Festival de Cultura Universitária de Campos dos Goytacazes – destinado a estimular, desenvolver e apoiar as potencialidades socioculturais e artistas da comunidade acadêmica do município.

Reuniões vem sendo realizadas com reitores, diretores de cursos e de departamentos culturais, além de representações de diretórios acadêmicos, visando a dar consistência ao projeto a ser assinado pelo prefeito, “uma vez que o evento será incluindo no calendário cultural da cidade”, informou o Secretário de Cultura, professor Orávio de Campos.

PARTICIPAÇÃO

Já marcaram presença nas reuniões a reitora do Centro Universitário Fluminense (UNIFLU), professora Regina Sardinha, além do diretor da Faculdade de Direito de Campos, Levi de Azevedo Quaresma, bem como representantes da UNIVERSO, Cândido, UENF, Mendes, Faculdade de Medicina e Fundação da Infância e da Juventude.

- O ideal seria a participação de todas as universidades. Dessa forma poderiamos compor uma programação importante para o I UNIFEST, a ser realizado no mês de maio do próximo ano. Mas estamos otimistas quanto a integração de todos os alunos na demonstração de seus talentos – disse o secretário, muito animado com a idealização dessas possibilidades.

Pela proposta da secretaria de Cultura o evento poderá privilegiar os festivais de Cinema, Teatro, Dança, exposição de artes plásticas, gincanas culturais, espetáculos de raiz, concursos de literatura, isso além de trabalhos monográficos, dissertações de mestrado e teses de doutorados apresentados e defendidos pelas universidades instaladas no município.

Haverá, também, prestação de serviços à comunidade nas diferentes áreas de estudos dos alunos participantes e o destaque será o Prêmio Saber Científico a ser oferecido aos dois melhores alunos universitários que tenham, no exercício acadêmico, de certa forma, contribuido para o desenvolvimento cultural do município.

Restauração do Solar de Santo Antonio só com retirada dos velhinhos do Asilo do Carmo

A presidente do Asilo do Carmo, Conceição Santana e o secretário de Cultura, Orávio de Campos Soares

O presidente do COPPAM – Conselho de Preservação do Patrimônio Municipal -, professor Orávio de Campos Soares visitou na sexta-feira (19/11), em companhia da diretora administrativa da Secretaria de Cultura, pesquisadora Maria Lucia Bittencourt da Fonseca, as dependências do Solar de Santo Antonio, onde funciona o Asilo Nossa Senhora do Carmo.

Recebidos pela presidente do asilo, assistente social Conceição Santana, o presidente procurou se inteirar da situação da reforma do solar, por conta do IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico Nacional -, que, no entanto, somente começará a obra, orçada em cerca de R$ 3 milhões, quando forem transferidos todos os velhinhos internados na instituição.

PROBLEMAS

O Solar de Santo Antonio, de propriedade do Asilo do Carmo – e que se encontra escorado - é tombado pelo IPHAN, cujo superintendente regional no Estado do Rio de Janeiro, Carlos Fernando de Souza Leão de Andrade, liberou os recursos para as obras. “Mas precisamos retirar os idosos para que a obra seja realizada no menor espaço de tempo”.

O problema maior, no entanto, é que diretorias passadas resolveram construir um anexo nos fundos do patrimônio para abrigar os velhinhos, já que as estruturas do solar estavam compromitidas, informou o presidente do COPPAM. “Agora, além da retirada dos idosos, o IPHAN vai demolir os anexos feitos sem sua autorização”, salientou.

- O ideal seria a construção de um outro asilo ou um centro de convivência para os idosos. No governo Alexandre Mocaiber a situação chegou a um termo comum, com a asinatura dee um acordo com o IPHAN. Uma área nos fundos do asilo foi desapropriada, só que a municipalidade não pagou – explicou o professor Orávio de Campos.

O assunto será submetido ao prefeito Nelson Nahim. Para o presidente do COPPAM “temos que encontrar uma solução, já que o IPHAN está exigindo de nós as providências necessárias”. Ele diz que o que cabe à municipalidade é pouco e viável e isso precisa ser feito para que não “percamos os investimentos do governo federal na restauração do Solar”.