quinta-feira, 11 de agosto de 2011

COPPAM reúne empresários para debater poluição visual no centro histórico da cidade

A poluição visual do centro histórico será debatida segunda-feira, dia 15, a partir das 9 horas da manhã, iniciativa do presidente do Conselho de Preservação do Patrimônio Municipal – COPPAM -, professor Orávio de Campos Soares, contando com a presença dos empresários Marcelo Mérida (CDL), Eduardo Chacur (Cajorpa), Amaro Ribeiro Gomes (ACIC) e do diretor da Postura Municipal, Francisco de Oliveira Balbi.

- O centro está praticamente escondido por detrás de letreiros comerciais e isso depõe, de certa forma, contra nossos foros de civilização e, por isso, temos que tomar medidas educativas no sentido de que os empresários percebam que não é um letreiro enorme que vai atrair sua clientela – declarou o presidente, para quem “o assunto deve ser regulamentado, prevendo-se até mesmo a incidência de erros de português nos anúncios”.

QUESTÃO LEGAL – Embora o Plano Diretor preveja o uso dos espaços publicitários na fachada das lojas, verifica-se, segundo o professor Orávio de Campos, muitos letreiros extrapolaram e muitos chegam a pintar o prédio com cores berrantes anunciativos de suas marcas, depondo contra a visualidade dos prédios mais significativos da arquitetura histórica da cidade. “Precisamos, em princípio, combater os exageros”.

Ele cita os letreiros nos corredores do Calçadão, Avenida 7 de Setembro, Ruas Santo Dumont e 13 de Maio, onde existem prédios com arquiteturas barroca e eclética do final do século XIX e início do XX, cujas sacadas são belíssimas e um deles ainda exibe um revestimentos com azulejos portugueses. “Vamos solicitar às classes representativas do comércio que nos ajudem neste trabalho em prol de um cidade mais bonita e organizada”.

Há de se convir, também, que “embora tenhamos, apesar do exagero, algumas peças bonitas e interessantes, existem várias que, esteticamente, deixam a desejar e passam a contribuir (mais) com a poluição visual. Outra questão, segundo o presidente do COPPAM, é a modernidade depositando aparelhos de ar refrigerado em cima das marquises. Por sua vez os letreiros os escondem, bem como a fiação de energia elétrica e telefone.

Com o projeto de revitalização do centro histórico, até mesmo as marquises terão que ser removidas, porque (na maioria) são peças estranhas à arquitetura dos prédios. “Na realidade, estamos em busca do melhor entendimento. Acreditamos que podemos conceber uma cidade que seja melhor para todos: comerciantes e consumidores e a sociedade de um modo geral”.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Monumento ao Expediciário ganha restauro e solenidade cívica da Prefeitura e Associação Comercial

Obra de Modestino Kanto
A restauração do Monumento ao Expedicionário – importante signo que nos remete à participação gloriosa dos pracinhas brasileiros na Guerra do Paraguai e da II Guerra Mundial – será entregue à população na próxima terça-feira, dia 9, às 9 horas da manhã, pela prefeita Rosinha Garotinho, numa ação conjunta da Prefeitura e a Associação Comercial e Industrial de Campos – ACIC -, que está festejando a passagem dos 120 anos de fundação.

O “Expedicionário” estava com as suas bases destruídas por atos de vandalismo inconsciente – aquele que destrói pelo desconhecimento dos valores patrimoniais – e tinha várias pinturas depondo contra a originalidade do obra do escultor campista Modestino Kanto. O restauro permitiu fazer fluir o bronze original do Monumento que, agora, ganha também grade de proteção e um projeto paisagísmo que tende a valorizar o centro histórico.

SOLENIDADE CIVICA – Dentre outras atrações previstas para a inauguração, consta a formatura militar com as presença de tropas do 56º Batalhão de Infantaria do Exércio; 8º Batalhão da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro; Grupamento de Incêndio, Guarda Civil Municipal e da Associação dos Ex-Combatentes do Brasil em Campos. Isso além de autoridades civis, militares e eclesiásticas devidamente convidadas para este ato de civismo.

O presidente do Conselho de Preservação do Patrimônio Municipal, professor Orávio de Campos Soares, disse que o restauro faz parte do projeto de revitalização do centro da cidade, proposto pela prefeita Rosinha Garotinho. “Os próximos passos serão o restauro do chafariz e a construção em seu entorno de um chafariz de águas dançantes. Depois, teremos a abertura do Museu Histórico e a seguir vamos cuidar da reforma do obelisco”.

O presidente do COPPAM garante que os méritos pertencem ao bom trabalho entre a Secretaria de Cultura com o secretário de Obras e Urbanisno, César Romero Braga; secretário de Desenvolvimento Econômico e Petróleo, Orlando Portugal. “Aqui vai um agradecimento todo especial à arquiteta Nahri Andrade, autora do projeto e, também, a Vilmar Rangel, interlocutor da ACIC, entidade presidida pelo empresário Amaro Ribeiro Gomes.

Na programação, a qual se integra a Câmara de Dirigentes Lojistas – CDL – e o Cajorpa-, através de seus presidentes Marcelo Mérida e Eduardo Chacur, consta hasteamento das bandeiras - Brasil, do Estado do Rio e da Campos dos Goytacazes – e hinos a serem executadas pela Banda da Polícia Militar, além de pronunciamento por parte da Prefeita Rosinha Garotinho.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Cultura preocupada com perda de identidade com o advento de mega projetos do Porto do Açu

Orávio de Campos , Patrícia Cordeiro, Carla Viana e Maria Lúcia Bittencourt


A equipe administrativa da Secretaria Municipal de Cultura está participando do Fórum de Educação e Cultura, em São João da Barra, desenvolvida pela EBX, empresa responsável pela implantação do Complexo Portuário do Açu, através do Instituto BioAtlântica e apoiamento do Instituto Politécnico de Tomar e Insatituto Terra e Memória, cujo objetivo é o de estudar os impactos culturais no entorno dos mega-projetos em execução pela empresa.

O secretário, professor Orávio de Campos, que se fez acompanhar da presidente da Fundação Jornalista Oswaldo Lima, Patricia Cordeiro; Diretora das Casas de Cultura, Carla Barreto, Diretoria Administrativa da Secretaria de Cultura, Maria Lúcia Bittencourt, do vice-presidente da Zumbi dos Palmares, Sérgio Alvarenga e o diretor do Arquivo Público Municipal, museólogo Carlos Freitas, elogiou o trabalho ora sendo realizado pela BioAtlântica.

IMPACTOS – Para o secretário, é a primeira vez que uma empresa abre um diálogo franco com as comunidades instaladas no entorno dos megaprojetos. “Na realidade, se temos perspectivas da explosão demográfica na região de Campos, São João da Barra, Quissamã e São Francisco nos próximos 10 anos, temos mesmo que analisar os efeitos que isso pode causar nas relações afetivas das populações, hoje vista no plano macro das territorialidade”.

- Nossa equipe participou, ativamente, da segunda reunião e pode dialogar com a diretoria da BioAtlêntica, dra. Inguelore Scheunemann e sua equipe, questões pontuais da problemática que “teremos que enfrentar com a invasão de pessoas oriundas de todas as partes do país. Sabemos que, por falta de especialização, muitos ficarão de fora e corremos o risco de termos de lamentar a perda de nossa identidade e administrar inúmeros núcleos de favelização.

A Gestão Integrada do Território para o Desenvolvimento Sustentável, a cargo da BioAtlântica, foi motivo de amplas reflexões por parte do COMUDES, ocasião em que luzes se acenderam como alerta para os problemas. “O momento é histórico e, munidos do melhor espírito critico, estamos participando, junto com a nossa equipe, procurando contribuir para atenuar os impactos culturais que se avizinham pondo em perigo o nosso futuro”.

Como fatos concretos da perda da identidade, o professor coloca a questão da sociolingüistica da baixada campista e as manifestações culturais, incluindo as tradicionais festas religiosas. “Estamos propondo a criação de centros de memória, projetos culto educacionais junto às escolas e cursos de formação profissional destinado aos multiplicadores de ações concretas em favor da preservação de nossos costumes”, finalizou.