Obra irregular na " Igreja de Santa Ana" deverá ser removida
Qualquer
tipo de obra, até mesmo uma simples pintura em igrejas e capelas do município
deverá passar, necessariamente, pela Mitra Diocesana de Campos, que tem um
departamento para analisar os projetos. A informação é do presidente do
Conselho de Preservação do Patrimônio Municipal (Coppam), Orávio de Campos
Soares.
A
informação ocorreu após o presidente do Conselho ter sido recebido nesta
quarta-feira (14), pelo Bispo D. Roberto Francisco Ferreria Paez, ocasião em que,
oficialmente, foi comunicada à Mitra a necessidade de demolição da intervenção
ilegal que estava sendo feita na capela de Santa Ana, em Saturnino Braga,
templo com mais de 110 anos de fundação.
Entendimento
– Orávio lembrou o excelente relacionamento com o Bispado de Campos. “Desde o
episódio da demolição da capela de Santo Amaro de Donana, para dar lugar a uma
igreja nova e mais ampla, o senhor Bispo assumiu conosco o compromisso de
ajudar na preservação desses importantes patrimônios religiosos”, afirma.
No atual
capítulo em que a comunidade católica de Saturnino Braga, por desconhecimento
das leis, empreendia, sem nenhuma autorização da Secretaria de Obras, Urbanismo
e Infraestrutura, a construção de um campanário anexo à capela, D. Roberto concordou
com a medida proposta pelo Coppam e vai determinar a demolição do anexo
irregular.
- Já
determinamos que qualquer tipo de obra em capelas e igrejas deve passar pela
Mitra, onde mantemos um setor para analisar os projetos – salientou o Bispo,
reforçando a necessidade de proteger, dessa forma, o belo (e simples) exemplar
arquitetônico de templo católico oriundo dos tempos áureos do ciclo do açúcar
na Baixada Campista.
O
tombamento das capelas e igrejas teve origem no inventário da extinta Secretaria
de Cultura, aproveitando pesquisa sobre sociolinguística realizada pelo
NIPEC/UNIFLU. “Estamos preservando os templos católicos para evitar que
aconteça o que detectamos na Capela de Santa Ana, em Saturnino Braga”,
finalizou o presidente do COPPAM.
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