quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Coppam comunica à Mitra Diocesana obra irregular em capela

Obra irregular na " Igreja de Santa Ana" deverá ser removida

Qualquer tipo de obra, até mesmo uma simples pintura em igrejas e capelas do município deverá passar, necessariamente, pela Mitra Diocesana de Campos, que tem um departamento para analisar os projetos. A informação é do presidente do Conselho de Preservação do Patrimônio Municipal (Coppam), Orávio de Campos Soares. 
 
A informação ocorreu após o presidente do Conselho ter sido recebido nesta quarta-feira (14), pelo Bispo D. Roberto Francisco Ferreria Paez, ocasião em que, oficialmente, foi comunicada à Mitra a necessidade de demolição da intervenção ilegal que estava sendo feita na capela de Santa Ana, em Saturnino Braga, templo com mais de 110 anos de fundação. 
 
Entendimento – Orávio lembrou o excelente relacionamento com o Bispado de Campos. “Desde o episódio da demolição da capela de Santo Amaro de Donana, para dar lugar a uma igreja nova e mais ampla, o senhor Bispo assumiu conosco o compromisso de ajudar na preservação desses importantes patrimônios religiosos”, afirma.  
 
No atual capítulo em que a comunidade católica de Saturnino Braga, por desconhecimento das leis, empreendia, sem nenhuma autorização da Secretaria de Obras, Urbanismo e Infraestrutura, a construção de um campanário anexo à capela, D. Roberto concordou com a medida proposta pelo Coppam e vai determinar a demolição do anexo irregular. 
 
- Já determinamos que qualquer tipo de obra em capelas e igrejas deve passar pela Mitra, onde mantemos um setor para analisar os projetos – salientou o Bispo, reforçando a necessidade de proteger, dessa forma, o belo (e simples) exemplar arquitetônico de templo católico oriundo dos tempos áureos do ciclo do açúcar na Baixada Campista. 
 
O tombamento das capelas e igrejas teve origem no inventário da extinta Secretaria de Cultura, aproveitando pesquisa sobre sociolinguística realizada pelo NIPEC/UNIFLU. “Estamos preservando os templos católicos para evitar que aconteça o que detectamos na Capela de Santa Ana, em Saturnino Braga”, finalizou o presidente do COPPAM.