quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Relíquias dos Goytacazes vão retornar à terra dos ancestrais

Material arqueológico do “Sitio do Caju” vai enriquecer acervo do Museu Histórico

Urnas mortuárias de índios Goytacazes, provenientes da civilização Una estabelecida nos anos 200 d.C. resgatadas no Sitio do Caju pelo Instituto de Arqueologia Brasileira, deverão enriquecer o Museu Histórico de Campos, recentemente inaugurado após a restauração do Solar Visconde de Araruama, uma das mais importantes obras  culturais do governo Rosinha Garotinho.
A informação é do secretário municipal de Cultura, professor Orávio de Campos Soares, ao anunciar a visita ao município, nos dias 14 e 15 próximos, dos professores e arqueólogos do IAB, Ondemar Dias e Jandira Neto, que guardam o precioso acervo da cidade desde 1989, quando deram por encerradas as escavações realizadas, recolhendo, além de urnas, adornos, enfeites, armas e outras peças.
Ondemar e Jandira Neto Arqueológos do IAB
MAPEAMENTO ARQUEOLÓGICO – Para o professor Orávio, que chegou ao Instituto de Arqueologia Brasileira através da contribuição do museólogo Carlos Freitas, diretor do Museu e do Arquivo Público; e da historiadora Sylvia Paes, a retomada de entendimento com o os professores Ondemar e Jandira é fundamental para que possamos trazer as relíquias do goytacazes para a terra-mãe. 
Material retirado do Sítio do Caju
- Podemos fazer outras parcerias, não só com o Instituto, mas, também, com a UENF, uma vez que precisamos criar em Campos uma consciência arqueológica, sem a qual será impossível manter o material do Sitio do Caju exposto de forma pedagógica – salientou o professor, mostrando-se eufórico com os novos entendimentos capazes de caminhar para um mapeamento de nossas potencialidades arqueológicas.
Para consubstanciar o projeto, o secretário já conversou com a secretaria Municipal de Educação, Joilza Rangel, buscando uma importante parceria. Ele pensa que dentro do “plano da arqueologização do município, não pode faltar a educação, pelo seu aspecto pedagógico, bem como outros setores do governo, como o meio ambiente, o turismo e entidades da sociedade civil organizada”.
Orávio explicou que as escavações de salvamento arqueológico em Campos duraram de 1965 a 1989, através do IAB e com autorização do IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Para “que tenhamos o retorno das urnas e de outros objetos, vamos trabalhar um projeto bastante consistente e, naturalmente, com a aprovação do órgão do Ministério da Cultura”.

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