quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Cultura preocupada com perda de identidade com o advento de mega projetos do Porto do Açu

Orávio de Campos , Patrícia Cordeiro, Carla Viana e Maria Lúcia Bittencourt


A equipe administrativa da Secretaria Municipal de Cultura está participando do Fórum de Educação e Cultura, em São João da Barra, desenvolvida pela EBX, empresa responsável pela implantação do Complexo Portuário do Açu, através do Instituto BioAtlântica e apoiamento do Instituto Politécnico de Tomar e Insatituto Terra e Memória, cujo objetivo é o de estudar os impactos culturais no entorno dos mega-projetos em execução pela empresa.

O secretário, professor Orávio de Campos, que se fez acompanhar da presidente da Fundação Jornalista Oswaldo Lima, Patricia Cordeiro; Diretora das Casas de Cultura, Carla Barreto, Diretoria Administrativa da Secretaria de Cultura, Maria Lúcia Bittencourt, do vice-presidente da Zumbi dos Palmares, Sérgio Alvarenga e o diretor do Arquivo Público Municipal, museólogo Carlos Freitas, elogiou o trabalho ora sendo realizado pela BioAtlântica.

IMPACTOS – Para o secretário, é a primeira vez que uma empresa abre um diálogo franco com as comunidades instaladas no entorno dos megaprojetos. “Na realidade, se temos perspectivas da explosão demográfica na região de Campos, São João da Barra, Quissamã e São Francisco nos próximos 10 anos, temos mesmo que analisar os efeitos que isso pode causar nas relações afetivas das populações, hoje vista no plano macro das territorialidade”.

- Nossa equipe participou, ativamente, da segunda reunião e pode dialogar com a diretoria da BioAtlêntica, dra. Inguelore Scheunemann e sua equipe, questões pontuais da problemática que “teremos que enfrentar com a invasão de pessoas oriundas de todas as partes do país. Sabemos que, por falta de especialização, muitos ficarão de fora e corremos o risco de termos de lamentar a perda de nossa identidade e administrar inúmeros núcleos de favelização.

A Gestão Integrada do Território para o Desenvolvimento Sustentável, a cargo da BioAtlântica, foi motivo de amplas reflexões por parte do COMUDES, ocasião em que luzes se acenderam como alerta para os problemas. “O momento é histórico e, munidos do melhor espírito critico, estamos participando, junto com a nossa equipe, procurando contribuir para atenuar os impactos culturais que se avizinham pondo em perigo o nosso futuro”.

Como fatos concretos da perda da identidade, o professor coloca a questão da sociolingüistica da baixada campista e as manifestações culturais, incluindo as tradicionais festas religiosas. “Estamos propondo a criação de centros de memória, projetos culto educacionais junto às escolas e cursos de formação profissional destinado aos multiplicadores de ações concretas em favor da preservação de nossos costumes”, finalizou.

Nenhum comentário: