segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Cavalhada e Mana Chica do Caboio são patrimônios imateriais da cidade

Cavalhada de Santo Amaro, representação
da eterna luta entre mouros e cristãos

Tanto a Cavalhada de Santo Amaro como a Mana Chica do Caboio, importantes instâncias culturais do município, são patrimônios de “grande expressão histórica” devidamente registradas no Livro de Tombos “online”, conforme publicação da Resolução de 27/12/2011, do presidente do Conselho de Preservação do Patrimônio – COPPAM -, professor Orávio de Campos.


Junto com estas manifestações, foram registradas, também, como patrimônio imaterial, outras peças de raiz como o Jongo, Bois Pintadinhos, Quadrilha da Roça, Folias de Reis, Lenda do Ururau da Lapa, Samba de Terreiro e o Doce Chuvisco, como parte do projeto de preservação e valorização da cultura da cidade, tão rica em tradições oriundas do ciclo do açúcar.
Mana Chica do Caboio, dança típica da Baixada Campista

REGISTRO – Na lista constam, ainda, entidades promotoras de cultura, como as Academias Campista de Letras e Pedralva Letras e Artes, todas as Sociedades musicais, as Lojas maçônicas, Núcleo de Artes e Cultura, Orfeão de Santa Cecília, Boa Noite Amor, Clube do Choro e Cia, Centro de Cultura Municipal de Campos, Associação Regional de Teatro – ARTA.


Das escolas de samba, apenas duas foram listadas: A União da Esperança, de Custodópolis; e a Mocidade Louca, do Bairro do Morrinho, além do Jongo de Noinha, “por suas características de raiz oriunda das relações sócio-religiosas afro-brasileiras”. Para o presidente do COPPAM, o inventário vai indicar outras manifestações e entidades igualmente importantes.


Sobre o caso específico da Cavalhada, o professor Orávio de Campos salientou que, apesar da universalidade da manifestação, cabe ao Município o registro como patrimônio histórico, o mesmo acontecendo com a Mana Chica, registrada no livro “Planicie da Solar e da Senzala”, de Alberto Lamego; e no Dicionário do Folclore Brasileiro, de Luis da Câmama Cascudo.


Outro ato do COPPAM foi o registro do patrimônio material da cidade, representado pelos suas estátuas, bustos, monumentos, placas comemorativas e efígies. E, para cumprir o que estabelece o Plano Diretor, estão sendo inventariados os prédios do centro histórico, também para serem tombados, já que, alguns, são apenas protegidos pela legislação em vigor.

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